8º Passeio Audio TT " Pela Região do
Barroso "
Março é uma boa altura para se ir comer um
“cozido”, preparado com a sabedoria de quem o sabe
fazer e com os ingredientes que só nesta época e
nalgumas zonas se podem encontrar. O dia 16,
mais uma vez um Sábado, foi por isso escolhido
para irmos dar mais uma voltinha por maus caminhos
na região do Barroso e não só...


Desta feita o grupo era composto por uma dúzia de
viaturas e pouco mais de 2 dezenas de pessoas.
O dia não se apresentou muito bonito, estando
inclusivamente a chuviscar quando o Passeio teve o
seu início na zona das Cerdeirinhas.


O percurso planeado iria levar-nos primeiro até à
zona de Salto e depois até Vilarinho Seco, onde
seria servido o almoço que se previa ser já
tardio.


Após uma meia dúzia de Km's em estrada, começou-se
a parte todo-terreno e logo os primeiros trilhos
eram já algo exigentes devido à sua inclinação e
ao estado degradado do piso nalguns bocados.


Vale talvez a pena deixar claro desde já que este
Passeio tinha uma percentagem significativa de
zonas com piso bastante duro, e mesmo um pouco
“trialeiro” nalguns bocados. Vários dos
trilhos percorridos tinham muita pedra e piso
irregular, e noutros havia regos e valas de
dimensões já apreciáveis, que aconselhavam a
cuidados especiais para os ultrapassar sem que o
jipe lá caísse e ficasse preso.


De qualquer modo, verificou-se mais uma vez que é
cada vez mais difícil apanhar máquinas e
condutores distraídos a “azelhar” !...
Sinceramente tenho que reconhecer que quando o
núcleo inicial de membros do Audio TT fez os
primeiros Passeios, éramos todos muito “azelhas”
!... Qualquer pequeno obstáculo era motivo
para grandes estudos sobre a forma de melhor o
conseguir ultrapassar e mesmo assim era vulgar
andarmos sempre a rebocar jipes que tinham ficado
“atascados”...


O “Reforço da Manhã” foi feito mais ou menos a
meio do percurso e contou com o que é já
tradicional. O café e o “Favaios” continuam a
complementar os sumos, pão, queijo e fiambre.


O trajecto passou por zonas onde a paisagem é
verdadeiramente interessante, mas infelizmente
nalgumas dessas zonas o nevoeiro não nos deixou
ver muito para além de meia dúzia de metros à
frente do nariz. Mesmo assim, naquelas que
não estavam cobertas pelo nevoeiro foi muito
agradável ver ou rever toda esta paisagem.


Em termos de bocados que acabaram por dar mesmo
mais trabalho, haverá a salientar um corta-fogo
logo a seguir a atravessar a vau a ribeira de
Amiar. A inclinação era mesmo bastante
acentuada e, como o piso estava bastante húmido,
acabou por se ir degradando um pouco com a
passagem dos diversos jipes, começando a criar uma
camada superficial de lama que dificultava a
aderência dos pneus.


A situação agravou-se uma vez que um dos jipes
partiu o cubo de uma das rodas dianteiras, ficando
só com tracção traseira, e assim não era de todo
possível subir o tal corta-fogo sem ajuda externa.
O Vitor ofereceu-se de imediato para ir lá abaixo
e com uma cinta ajudar a puxar o Frontera cá para
cima. O problema é que não só não conseguiu
puxar o Frontera como acabou por não conseguir
subir outra vez sem recurso a ajuda dado que a tal
camada de lama que falei atrás começou a ficar
agarrada nos pneus do Patrol tornando-os quase em
“slicks”.


É claro que tudo acabou por se resolver, embora
tenha sido necessário recorrer a guinchos e a
cintas para permitir cobrir a totalidade da
distância. O Carlos deu uma ajuda preciosa com o
guincho do Discovery, e o facto do Patrol do Vitor
também ter guincho também ajudou.


A partir daqui e dado que os trilhos que havia
ainda para percorrer continuavam a ser um bocado
exigentes, o Pedro teve de levar o Frontera até ao
restaurante por estrada.


Os restantes jipes continuaram por “maus
caminhos”, mas cerca das 15 horas lá estávamos
todos juntos outra vez no Restaurante “ Casa do
Pedro” em Vilarinho Seco para degustar o tal
“Cozido” de que falava no início deste texto.


Com os dias ainda pequenos e após um almoço que
começou já tarde e se prolongou, como é habitual,
durante bastante tempo, já não havia percurso
previsto para a tarde. Terminado assim o Passeio,
os participantes iniciaram a viagem de regresso a
casa, mas já com a promessa de que lá para o final
de Abril ou início de Maio haverá um novo Passeio
do Clube Áudio TT.


Rui Martins
Clube Audio TT
Fottos adicionais:







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