No passado dia 12 de Julho o Clube Audio
TT levou os seus membros a passear pela Serra da Cabreira no que foi a
7ª edição deste Passeio e o 6º deste ano.
O Passeio da Cabreira vai sendo já uma
espécie de "Ex-Libris" deste Clube uma vez que é uma realização que se
vem repetindo ano após ano desde a criação do Clube, não tendo marcado
presença apenas uma vez, além de ter sido também nesta Serra que foi
efectuada a parte da tarde do 1º Passeio deste Clube, que coincidiu com
a sua fundação.
Este é também um Passeio com
características um pouco especiais uma vez que o almoço é
tradicionalmente realizado no monte, tendo sido servido nos primeiros
anos por um restaurante que se deslocava propositadamente para o efeito
e mais recentemente com uma sardinhada preparada com a ajuda dos
participantes.
Além disso, conta ainda com o atractivo
adicional de terminar no Clube de Campo Valsereno, permitindo deste modo
que os participantes se refresquem com um duche e/ou com umas braçadas
na piscina.
Desta vez a caravana era composta por 22
jipes e cerca de 60 pessoas que se reuniram no ponto de encontro
acordado cerca das 9 horas da manhã para dar início a mais um dia que se
esperava bem passado.
Logo após o início, cerca de 1 km mais à
frente, dá-se a entrada em trilhos de terra e pouco depois a primeira
zona um pouco especial. Havia que atravessar o Rio Peio a vau, o que foi
feito por todos e sem dificuldades especiais.
Segue-se um pouco de asfalto e a
travessia das povoações de Além do Rio e de Bucos.
A parte do percurso que se seguia
obrigou à divisão das viaturas em dois grupos uma vez que o trilho mais
interessante era muito estreito o que tornava virtualmente impossível a
passagem dos jipes mais largos e/ou compridos que tiveram que seguir por
estrada até Vila Boa.
Os que seguiram pelo trilho encontraram
uma zona bastante interessante e mesmo uma parte razoavelmente "trialeira"
a obrigar a que condutores e viaturas tivessem que demonstrar um pouco
das suas capacidades para ultrapassar obstáculos.
Seguia-se a passagem por Carrazedo e
pela Aldeia de Agra que merece sem dúvida uma visita. Entre as duas,
houve ainda tempo para parar a admirar um dos maiores espigueiros do
nosso país. Segundo uma habitante da aldeia será mesmo o 2º maior,
embora não estejamos em condições de poder garantir a veracidade desta
afirmação.
Mais uns trilhos e estávamos chegados ao
Rio Ave, na zona do Chão do Pastor, onde seria servido o "Reforço da
Manhã", altura ideal para acalmar os estômagos e exercitar um pouco a
língua pondo as conversas em dia.
Seguiu-se a subida até às antenas da
Serra da Cabreira, tomando um trilho que sobe a Serra quase a direito,
com um piso algo duro e com uma vala bastante profunda logo no seu
início, mas que permite ir ganhando amplitude na paisagem que a vista
abrange.
Como é habitual acontecer, após subir ao
topo da Serra é necessário descer e foi isso que se fez, retomando um
estradão já bem cá para baixo, seguindo depois a caminho do Alto da
Peladorca, Porto de Covato e do Parque de Merendas da Veiga.
Era tempo do almoço e havia que preparar
as sardinhas assadas e as fêveras na brasa o que foi feito com a
participação empenhada de um bom número de participantes. Estes petiscos
foram devidamente acompanhados por salada mista, pimentos assados, broa
e azeitonas e devidamente "regado" com vinho branco ou tinto, maduro ou
verde, para além da cerveja e dos refrigerantes que também estavam
disponíveis.
Para terminar, umas fatias de tarte de
maçã e de tarte de chocolate, acompanhadas por um café e por uma
aguardente velha permitiram encerrar esta refeição da melhor maneira.
Durante o almoço houve ainda um episódio
que consideramos dever salientar. Quando chegamos ao Parque de Merendas,
encontramos lá um casal estrangeiro com os respectivos filhos ainda
pequenos e com uma auto-caravana que estariam a passar uns dias no
sossego do local. Em face da situação, resolvemos partilhar alguma da
nossa comida com eles, o que foi aceite de bom grado, tendo a senhora
resolvido "retribuir" a nossa simpatia com uma execução de música
irlandesa, contribuindo desta forma para abrilhantar a refeição.
É claro que após um repasto destes e com
um clima de óptima camaradagem que proporciona o desenvolvimento de
agradáveis conversas, a vontade de recomeçar o Passeio não era das mais
fortes.
De qualquer forma, cerca das 16 horas lá
se retomaram os trilhos desta região, passando primeiramente por
Busteliberne e seguindo para Campos de Maçãs, Touros e Porto d'Olho.
Durante esta parte do
trajecto tivemos a possibilidade de pôr novamente à prova a capacidade
das máquinas e a perícia dos seus condutores para ultrapassar uma zona
com valas bastante grandes e onde se pôde apreciar algumas "figuras um
pouco acrobáticas", com inclinações apreciáveis e cruzamentos de eixos
muito significativos.
Depois de atravessada a Estrada Nacional
311, que liga Cabeceiras de Basto a Salto, seguiu-se novamente encosta
acima, em direcção a Juguelhe, mas não sem mais uma "brincadeira" para
alegrar as "hostes". Tratava-se de mais uma travessia a vau de um
ribeiro, em que a dificuldade não estava nem na quantidade de água nem
na profundidade da mesma, mas nas muitas pedras de dimensões apreciáveis
que se espalhavam pelo seu leito e que tornavam a travessia bastante
exigente.
Nem todos quiseram tentar a "sua sorte"
mas, dos que o fizeram, toda a gente acabou por conseguir passar, ainda
que tenha sido necessário em 2 ou 3 casos recorrer a ajuda de outros
veículos e tenha havido muita gente a testar a resistência a impactos de
suspensões, diferenciais, caixas e outros órgãos que se situam na parte
de baixo das viaturas, ao mesmo tempo que iam também "polindo" as pedras
e deixando algumas gravuras de elevado valor decorativo nas mesmas....
O Passeio estava no fim, restando fazer
a ligação até ao Clube de Campo Valsereno, onde o amigo Vítor Brandão,
seu proprietário, nos esperava.
Apesar de já não ser propriamente cedo,
houve ainda vários participantes que resolveram ir dar umas braçadas na
piscina.
Para o jantar, que seria servido no
Clube de Campo por um restaurante da região que lá se deslocou para o
efeito, contou com um número mais reduzido de participantes, mas que
mesmo assim atingiu as 35 pessoas.
Foi a altura certa para fazer o
"balanço" do dia que, segundo a opinião unânime dos participantes, foi
bastante positivo, ao mesmo tempo que se continuavam as muitas conversas
que se foram desenvolvendo ao longo do dia e que são habituais num grupo
de pessoas que são também um grupo de amigos.
O dia tinha terminado, mas tinham ficado
as agradáveis memórias do mesmo.
As paisagens magníficas desta zona, os
cavalos e as vacas a percorrer livremente a Serra, as aldeias típicas, a
vegetação variada e os vários cursos de água são imagens que não se
esquecem com facilidade !
Resta dizer que os tempos mais próximos
são de férias, interrompendo o Clube Audio TT as suas actividades, mas
estando já planeado o regresso para a 2ª quinzena de Setembro com a
realização de mais um dos nossos Passeios, previsivelmente, na zona de
Melgaço / Castro Laboreiro.
Até lá, os votos de boas férias.
Clube Audio TT
Página dos Passeios