2º Passeio
"Low Cost
"
do Clube Audio TT
Os tempos continuam a ser de “vacas magras” e
começa-se a acentuar de forma cada vez mais
visível a perda de rendimentos de uma fatia cada
vez maior da população portuguesa, quer seja fruto
do nível avassalador do desemprego ou do real
abaixamento dos salários para quem ainda consegue
arranjar trabalho.
A política imposta pela “Troika” e seguida pelo
actual governo ( algumas vezes indo mesmo para
além do que era imposto... ) foi deixando marcas
negativas em termos do desenvolvimento económico e
social e os resultados estão à vista, com um PIB
que caiu significativamente e um empobrecimento
quase geral da população. Isso mesmo já nós
tínhamos começado a verificar há algum tempo a
esta parte, havendo alguma redução na
disponibilidade económica para a participação em
actividades lúdicas como é o caso dos nossos
Passeios...
Assim sendo, nada melhor do que fazer novamente um
Passeio “Low Cost” em que os gastos fossem mais
reduzidos do que o que é habitual acontecer e foi
assim que surgiu esta 2ª edição...
Desta vez houve a participação de 11 jipes e um
pouco mais de duas dezenas de pessoas, que
conforme combinado se juntaram nas Cerdeirinhas
para dar início ao Passeio que nos iria levar até
à zona de Rossas e depois até à Barragem da
Queimadela, já próximo de Fafe.
O percurso foi escolhido pelo Barroso e pelo
António e, apesar de relativamente curto e com
vários km's de asfalto dado a zona a percorrer,
veio mostrar ser muito interessante e variado,
deixando todos os participantes bastante
agradados.
As zonas um pouco mais exigentes começaram logo
pouco depois do início e ainda antes de chegarmos
à Senhora da Lapa, local para uma paragem um pouco
mais demorada.
Já que o trajecto não era muito longo, porque não
aproveitar para fazer TTaP ( leia-se Todo-Terreno
a Pé !.... ) ? É que assim poupa-se combustível,
pneus, etc. e até é mais ecológico... ;-)
Pois, foi isso mesmo que se fez ao andar a visitar
a zona da Capela da Senhora da Lapa e depois subir
ao respectivo miradouro de onde se pode desfrutar
de umas vistas panorâmicas realmente
interessantes.
Máquinas novamente em movimento e há que rumar em
direcção à aldeia de S. Pedro onde iria ser
servido o almoço. Mais uma vez se foram
sucedendo as zonas com melhor piso e as zonas mais
“radicais”, ora passando por pequenas povoações,
ora percorrendo trilhos mais isolados pelos montes
e vales.
Contudo, mesmo sendo verdade que por várias vezes
cheguei a dizer para comigo que não iria ser
possível todos passarem em determinadas zonas, a
verdade é que ninguém deu “parte de fraco” e, com
mais ou menos dificuldade, todos ultrapassaram as
zonas mais “trialeiras”...
Apesar de não haver o habitual “Reforço da Manhã”
nos moldes tradicionais, houve contudo uma paragem
para que cada um pudesse comer o lanche que tinha
levado e mesmo partilhá-lo com os outros.
Mais uns km's e lá estávamos à porta do
restaurante em S. Pedro. O almoço contava com um
grelhado de carnes, sobremesa, café e as bebidas
habituais para o acompanhamento da refeição. Não
houve “Entradas” para minimizar o custo, mas a
verdade é que a comida estava muito boa e em
quantidade mais do que suficiente e o preço final
a pagar foi uma agradável surpresa ! Posso dizer
que ficamos clientes do restaurante... A relação
preço/qualidade/quantidade foi sem dúvida bastante
elevada.
A parte da tarde era parecida com a manhã em
termos de exigência do percurso, embora o Barroso
tenha decidido “inventar” um pouco já na parte
final, acabando por tornar as coisas um bocadito
mais desafiadoras...
Andando agora mais na zona dos chamados Montes de
Fafe e passando por alguns bocados que vários
ralis costumam percorrer, uma boa parte foi feita
utilizando trilhos mais secundários e mais
exigentes. As paisagens são um pouco diferentes
das que tínhamos apreciado durante a manhã, mas
igualmente interessantes.
O final do Passeio estava marcado para a Barragem
da Queimadela e quando lá chegamos ainda houve a
oportunidade para se ficar mais um bocado em amena
cavaqueira de modo a continuar a alimentar a
amizade que para a maioria dos participantes já
vem desde há bastantes anos e para aqueles que se
nos foram juntando mais recentemente tem crescido
de forma muito rápida.
A vontade de vir embora não era muita, mas é claro
que as despedidas eram inevitáveis e assim foram
sendo feitas, não sem antes ter sido elogiado todo
o trabalho do Barroso e do António para a
preparação deste Passeio e sem ficar já anunciado
que o próximo será realizado previsivelmente
durante a primeira quinzena de Julho e na zona da
Serra da Cabreira.
Rui Martins
Clube Audio TT
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