Foi no passado dia 6 de Julho, Sábado, que se
realizou o nosso 5º Passeio deste ano. Desta vez, a zona escolhida foi a
região entre a Póvoa de Lanhoso e Cabeceiras de Basto, aproveitando para
percorrer vários trilhos na Serra da Cabreira.
O encontro, como vai sendo hábito, realizou-se no
parque da Grundig permitindo juntar a maior parte dos amigos que
costumam participar nestes Passeios. Desta vez foram 16 jipes e um pouco
mais de 40 pessoas que compareceram prontos para mais um dia bem
passado.
Depois de efectuado o percurso por estrada até Taíde
(que fica cerca de 5 ou 6 Km afastado da Póvoa de Lanhoso) e que estava
referenciado como sendo a 1ª etapa, demos, então início à 2ª etapa, que
nos iria conduzir até às margens da albufeira do Ermal.
Esta 2ª etapa começava com a subida de um maciço
rochoso que impunha algum respeito, dado a inclinação que apresentava,
se bem que "assuste" mais do que na realidade é… Mesmo assim, houve uma
pequena "peripécia" que acabou bem (felizmente !), mas que podia ter
sido complicado… Um dos jipes (nalgum excesso de confiança) não tomou as
devidas "precauções" e foi obrigado a parar a meio da subida. Parar, é
uma forma de dizer, porque na realidade, mal parou, começou a escorregar
para trás e acabou por se atravessar… O risco de capotar esteve
próximo…relembrando que o excesso de confiança paga-se (por vezes) caro
!
Todos os restantes jipes subiram sem dificuldade de
maior, mas esta "entrada de Leão" serviu para "acalmar" um pouco os
ânimos mais nervosos, após uma 1ª etapa de asfalto…
O resto do percurso não apresentava dificuldades
significativas, alternando bocados em estradão com outros em que os
trilhos estavam em pior estado. De qualquer forma, permitiu ficar a
conhecer uma zona nova, para quase todos os participantes, ao mesmo
tempo que fomos "presenteados" com algumas vistas panorâmicas bastante
interessantes e alguns atentados à natureza que, infelizmente, se vão
encontrando um pouco por todo o lado.
O tradicional "mata-bicho" foi servido na margem da
albufeira do Ermal e permitiu continuar a "pôr a conversa em dia" ao
mesmo tempo que se "aconchegavam" os estômagos que começavam a dar
algumas mostras de se encontrarem vazios… O pão fresquinho, devidamente
acompanhado pelo queijo e pelo fiambre, satisfez os apetites, sendo
"molhado" com sumos diversos, refrigerantes e água. Para terminar, foi
ainda servido um café.
A 3ª etapa conduziu a caravana até à aldeia turística
de Agra. Com uma 1ª parte onde foram percorridos vários trilhos de terra
mais ou menos próximos da albufeira, seguindo-se uma ligação
maioritariamente em asfalto, mas intercalada aqui e ali por pequenos
troços em terra. Mais uma vez, também neste caso não havia zonas
especialmente "complicadas".
Eis-nos, então, chegados a Agra ! Como recomendado no
Road-Book, foi feita uma paragem para se percorrer a pé uma parte da
aldeia. De um modo geral, toda a gente gostou bastante e foram mesmo
iniciados alguns contactos com vista ao aluguer de quartos para um
fim-de-semana, por parte de vários participantes…
A 4ª etapa tinha duas alternativas à escolha, embora
todos tenham escolhido a alternativa A (que era a recomendada…).
Esta alternativa A para a 4ª etapa tinha uma primeira
parte (maioritariamente) em asfalto, mas que permitia passar junto a um
pequeno conjunto de espigueiros, um dos quais tem uma dimensão muito
pouco habitual (é realmente muito grande !….).
O resto do percurso é feito num trilho de terra que
começa por ser de piso bastante bom, mas que termina numa subida de
alguns Km’s com piso já bastante duro.
Estava na hora do almoço, que foi confeccionado e
servido no parque de merendas da Veiga, já em pleno coração da Serra da
Cabreira.
O almoço consistiu de umas sardinhas assadas,
seguidas de umas fêveras e entrecosto grelhado, acompanhado de salada e
pão, terminando com umas queijadinhas e café. É claro que tudo isto foi
sendo "regado" pelos líquidos da preferência de cada um (vinho verde
tinto – especialmente para as sardinhas- vinho maduro, branco e tinto,
cerveja, sumos diversos ou água)…
Eram já quase 5 horas da tarde, quando se iniciou a
5ª etapa. Com uma 1ª parte relativamente fácil, "valendo" principalmente
pela paisagem, levou-nos até uma zona mais complicada, mais ou menos a
meio do percurso. Esta zona começava com várias centenas de metros em
que o piso era bastante duro, seguida de uma pequena descida
razoavelmente "trialeira" e atravessando depois uma parte em que o
trilho "desaparece" literalmente no meio de uma vegetação
particularmente fechada que "engole" por completo os jipes. É uma
daquelas situações em que é necessário "acreditar" que há caminho,
baseado na confiança de que quem fez os reconhecimentos passou ali !…
(Só para que não haja mal entendidos, aquilo é mesmo
um trilho e até já muito antigo, mas como tem pouco uso e ninguém o
limpa, tem tendência a ficar obstruído pela vegetação circundante.).
Nova parte mais "rolante" e a possibilidade de fazer
uma pequena passagem verdadeiramente "trialeira", que só 3 jipes (os
primeiros da caravana e que estavam um pouco mais adiantados) fizeram…
Parece que "valeu a pena", a julgar pela expressão de contentamento que
os "aventureiros" tinham !
Mais meia dúzia de Km’s e nova "brincadeira"… Desta
vez, tratava-se de atravessar um pequeno ribeiro a vau. O ribeiro é
realmente pequeno e tem muito pouca água, não ultrapassando os 30 cm de
altura. A dificuldade estava na saída, uma vez que esta era feita no
meio de pedras razoavelmente grandes, impedindo que os jipes passassem
pelos seus próprios meios. A "solução" foi arranjar um pouco a zona,
colocando pedras mais pequenas a tapar os buracos entre as pedras
maiores, de modo a permitir que os pneus fossem tendo contacto com
alguma coisa e, desta forma, ser possível ter tracção.
Para quem, mesmo assim, não quis "arriscar" a dar uma
forma um pouco diferente ao jipe ou a partir alguma coisa, mesmo ao lado
havia uma ponte que permitia a travessia sem qualquer dificuldade.
A parte final desta 5ª etapa levou-nos a subir a
encosta do monte, em direcção a Juguelhe, percorrendo mais uma série de
trilhos que alternavam zonas com bom piso, com outras em que este era um
bocado mais duro, e permitindo, mais uma vez, apreciar as paisagens e
ter vistas bastante interessantes, terminando em Lamas do Rio.
A 6ª etapa também tinha 2 alternativas:
A alternativa A era destinada aos jipes mais
estreitos, pois tinha zonas bastante apertadas.
A alternativa B era destinada aos jipes mais largos,
pois apesar de também ter algumas zonas razoavelmente estreitas, elas
eram sempre suficientemente largas para permitir a passagem de qualquer
jipe.
Os participantes dividiram-se pelas 2 alternativas e
toda a gente passou sem estragos a assinalar.
O fim do Passeio, como estava planeado, aconteceu no
Clube de Campo Valsereno. Aqui, foi possível tomar um duche (quente ou
frio), bem assim como, para quem achou por bem, "dar umas braçadas" na
piscina, que também estava à nossa disposição.
Por volta das 21h30m deu-se início ao jantar, que
também foi servido no Clube de Campo Valsereno, mas que foi
confeccionado por um restaurante da região, que ali o veio servir.
Aproveitando as riquezas da região, o jantar constou
de uma vitela assada que estava particularmente gostosa e bem cozinhada,
acompanhada (para alguns) por um vinho verde branco da região que não
deixou os seus créditos por mão alheias. Evidentemente que houve também
cerveja, sumos e água, para quem preferiu.
Estava terminado mais um Passeio do Clube Audio TT, o
5º deste ano, e, mais uma vez, a satisfação era geral. O tema principal
de conversa, no fim do jantar, era já o próximo Passeio, que será
possivelmente na 2ª quinzena de Setembro e na região de Melgaço / Castro
Laboreiro.
Clube Audio TT
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